Responsabilidade ambiental
A natureza não é só uma preocupação, faz parte do nosso trabalho.
A evolução da indústria de madeira avança de mãos dadas com a preservação da natureza, sendo que, cada vez mais é dada preferência ao uso de materiais resultantes de recursos naturais renováveis e sustentáveis, que desta forma interferem o menos possível no ecossistema global.
As florestas cobrem, aproximadamente, 30% da superfície terrestre do planeta, com uma área aproximada de 4 mil milhões de hectares, proporcionando uma grande diversidade de actividades e produtos essenciais a uma sociedade que se pretende cada vez mais consciente das questões ambientais e preocupada com a preservação da Natureza.
É incondicional a ligação da floresta com a madeira, uma das matérias-primas que se obtém da exploração florestal, sendo mesmo, a de maior utilização pela sua grande versatilidade. Assim sendo, assumem importante relevo as decisões que dizem respeito à oferta deste produto florestal aos consumidores, conferindo-se de grande importância a obediência de padrões ecológicos e sociais elevados, de forma a manter a capacidade de satisfazer, no presente e no futuro as necessárias funções ecológicas, económicas e sociais sem causar prejuízos nos ecossistemas. Desta feita, a exploração de madeira assume uma importante responsabilidade no que diz respeito à preservação das florestas, sendo fulcral que todos os intervenientes tenham consciência desse facto.
Portugal é um dos principais importadores e consumidores de madeiras tropicais no mundo, países consumidores de madeiras tropicais têm um importante papel no combate à desflorestação, um dos temas com maior destaque na actualidade, podendo contribuir para a diminuição da compra de madeiras e produtos florestais de origem ilegal. O desenvolvimento de um mercado responsável para os produtos florestais contribui para eliminar produtos de origem não controlada, como a madeira de exploração ilegal, encorajando os gestores florestais a adoptarem normas de boas práticas silvícolas. Na sequência deste facto é importante encontrar alternativas e soluções para que possamos satisfazer as necessidades do nosso país, tendo em conta a situação ambiental e económica presente.
Portugal é um dos países onde existe maior área plantada de Eucalyptus globulus, verificando-se a tendência para o crescimento da superfície ocupada com eucaliptal. Este fenómeno resulta, em parte, da forte implementação da indústria do papel em território nacional que a partir das fibras do eucalipto (Eucalyptus globulus) produz papel de elevada qualidade, constituindo uma das mais competitivas exportações portuguesas. A presença de tal floresta pode ser utilizada para o desenvolvimento de variados sectores, nomeadamente o sector madeireiro que encontra aqui um auxílio para a diminuição da importação de madeiras tropicais, tendo ainda, a possibilidade de criar um produto de valor acrescentado para o país.
Num cenário de forte intranquilidade como o que atravessamos na actualidade, assume grande relevo a aposta em alternativas rentáveis, que procurem a sustentabilidade ambiental e económica, estando à responsabilidade das empresas e clientes essa audácia. Concluímos, então, que a aposta pela madeira de eucalipto é uma opção viável, com boas perspectivas futuras, que poderá trazer bons frutos para o ambiente e para a economia, oferecendo a todos nós consumidores, a possibilidade de cooperar na recuperação económica do país, sustentada nas vantagens inerentes a um produto nacional.